11 5543-5222 Nos envie um e-mail
Área do Cliente

Apesar de aperto fiscal, governo quer quadruplicar Auxílio Gás

Na semana de apresentação do Orçamento de 2025 e em meio a promessas de revisão de despesas, o governo propôs quadruplicar o gasto com o programa Auxílio Gás, que será rebatizado de Gás para Todos. O desembolso deve saltar dos atuais R$ 3,4 bilhões para cerca de R$ 5 bilhões, em 2025, e alcançar R$ 13,6 bilhões em 2026 - ano de eleição presidencial -, segundo informou o Ministério de Minas e Energia (MME).

 
A política pública, que financia a compra do gás de cozinha a pessoas de baixa renda, também terá o seu alcance potencializado. Pelas projeções do governo, as 5,6 milhões de famílias atendidas atualmente saltarão para 20,8 milhões. Hoje, praticamente metade dos beneficiários reside no Nordeste, e a maior parte é do sexo feminino. O valor do benefício é de R$ 102, pago bimestralmente.


O anúncio de projeto de lei para turbinar o programa, que ainda será analisado pelo Congresso, foi feito nesta segunda, 26, pelo ministro Alexandre Silveira, titular do MME, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama, Rosângela da Silva - que foi citada no discurso. O governo anunciou ainda mudanças nas regras que regem o mercado de gás natural no País, como a que limita o porcentual de gás que é reinjetado nos poços pelas petrolíferas durante a produção de petróleo em alto-mar - o que gerou divisão entre produtores e consumidores.


"Estamos atendendo aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. Vamos impulsionar o cozimento limpo e a substituição da lenha, tão defendido pela nossa companheira Janja (Rosângela)", disse Silveira durante a cerimônia, na sede da pasta.


O projeto de lei também determina que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabeleça um teto para o preço do botijão por região para os consumidores do programa. Na sua fala, Lula defendeu que o gás seja "instrumento da cesta básica" e disse que a população não consegue pagar R$ 140 pelo botijão, enquanto o produto sai da Petrobras por R$ 36.


Segundo Silveira, o aumento bilionário de gastos será financiado com recursos do Fundo Social do Pré-Sal, que é vinculado à Presidência da República. Ele é abastecido com valores arrecadados nas licitações de contratos de partilha de produção no pré-sal, parte dos royalties que cabem à União e receitas da comercialização de petróleo e gás natural, e é direcionado prioritariamente para despesas com Educação.


O ex-secretário do Tesouro Nacional e head de macroeconomia do ASA, Jeferson Bittencourt, alerta, porém, para as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

Ampliação de programa pode criar gasto obrigatório e ferir lei fiscal

Num momento em que a equipe econômica é cobrada a apresentar propostas de longo prazo para o corte de despesas, o anúncio de novos gastos com programas como o Auxílio Gás acendeu um sinal de alerta entre economistas. Head de macroeconomia do ASA, Jeferson Bittencourt chama a atenção para as determinações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O economista cita o artigo 17 da LRF, que determina que a criação ou aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado tenha estimativa de custo, demonstre que não afetará as metas fiscais e tenha os efeitos financeiros compensados por elevação permanente de receita ou redução também permanente de despesa.


Atualmente, o Auxílio Gás é considerado uma despesa discricionária - ou seja, não obrigatória. Bittencourt pondera, porém, que, caso o programa passe a garantir o produto (botijão) ou uma subvenção (ajuda financeira para comprar o gás) a quem atender certos requisitos, com o governo prevendo uma execução por período superior a dois exercícios, a despesa se tornará obrigatória, de caráter continuado.

"Neste caso, não adianta o governo falar que o recurso do Fundo Social vai ser ampliado, porque o Brasil deve produzir mais petróleo nos próximos anos e que essa será a compensação dessa despesa", afirma Bittencourt, ex-secretário do Tesouro Nacional, em referência à afirmação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, de que as despesas serão financiadas com recursos do Fundo Social do Pré-Sal.

"A LRF é clara ao dizer o que é considerado aumento permanente de receita. Nessa lista, estão: elevação de alíquota, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributos. Ponto", diz o economista. "Ou seja, precisa ser uma fonte nova, para não gerar desequilíbrio fiscal."

 

Desequilíbrio fiscal

O crescimento das despesas obrigatórias é um dos principais desafios fiscais da atual gestão. Como mostrou reportagem do Estadão, essas despesas crescem em ritmo superior ao do teto do arcabouço fiscal - nova regra para controle das contas públicas - e, com isso, consomem fatia cada vez maior do bolo do Orçamento, "espremendo" as outras despesas.

No limite, avaliam especialistas, haverá o rompimento do teto ou a paralisação da máquina pública. Ciente desse cenário e pressionada pelos agentes do mercado, a equipe econômica vem adotando medidas de revisão de gastos com base, principalmente, no combate a fraudes e no pente-fino em cadastros.


Especialistas em contas públicas alertam, porém, que essas medidas mais paliativas só darão alívio no curto prazo e que o governo terá de adotar ações estruturais, como a desvinculação de benefícios do salário mínimo e a revisão dos pisos da Saúde e Educação, se quiser manter vivo o arcabouço a partir de 2027.

 

Fonte: Notícias ao Minuto

 

Informações Online


Essas informações ajudam os nossos clientes a se manterem atualizados e bem informados à respeito das atualizações da legislação vigente, pagamento de impostos e obrigações diversas, e ainda trazem orientações sobre gestão empresarial.

Moedas - 30/05/2025 18:30:00
  • Nome
  • Compra
  • Venda
  • Comercial
  • 5,725
  • 5,735
  • Paralelo
  • 5,709
  • 5,709
  • Turismo
  • 5,766
  • 5,951
  • Euro
  • 6,494
  • 6,510
  • Iene
  • 0,040
  • 0,040
  • Franco
  • 6,953
  • 6,971
  • Libra
  • 7,706
  • 7,720
  • Ouro
  • 605,427
  • 605,550
Mensal - 16/05/2025
  • Índices
  • mar/25
  • abr/25
  • Inpc/Ibge
  • 0,51
  • 0,48
  • Ipc/Fipe
  • 0,62
  • 0,45
  • Ipc-di/Fgv
  • 0,44
  • 0,52
  • Igp-m/Fgv
  • -0,47
  • 0,31
  • Igp-di/Fgv
  • 1,00
  • -0,50
  • Selic
  • 0,96
  • 1,06
  • Poupança
  • 0,61
  • 0,67
  • TJLP
  • 0,66
  • 0,72
  • TR
  • 0,11
  • 0,17
  • COFINS/PIS-PASEP | Retenção na Fonte – Autopeças.
  • DCTFWeb
  • IRPJ/CSL | Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro | Apuração mensal.
  • IRPJ/CSL | Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro | Apuração trimestral.
  • DASN-Simei | Declaração Anual do Simples Nacional.
  • DIRPF | Declaração de Ajuste Anual.
  • DOI | Declaração de Operações Imobiliárias.
  • DME | Declaração de Operações Liquidadas com Moeda em Espécie.
  • IRPF | Imposto de Renda Pessoa Física.
  • IRPJ | Renda variável.
  • IRPF | Quota.
  • IRPJ/Simples Nacional | Ganho de Capital na alienação de Ativos.
  • Operações com criptoativos.
  • Previdência Social (INSS) | Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro | Profut | Parcelamento de débitos junto à RFB e à PGFN.
  • Previdência Social (INSS) | Programa de Recuperação Previdenciária dos Empregadores Domésticos - Redom (Parcelamento de débitos em nome do empregado e do empregador domésticos junto à PGFN e à RFB).
  • Salário-Família (Comprovante de frequência à escola)
  • REFIS/PAES | Programa de Recuperação Fiscal.
  • REFIS | Programa de Recuperação Fiscal.

Área Restrita para clientes

Nossos Parceiros