O PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia produtiva da soja e do biodiesel no Brasil crescerá 11% em 2025, segundo relatório divulgado nesta 2ª feira (21.jul.2025) pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). 

Com o crescimento, o setor representará 21,7% do PIB do agronegócio brasileiro e 6,4% do PIB nacional. A expansão está relacionada à safra recorde prevista para 169,7 milhões de toneladas e ao aumento no processamento da oleaginosa.

O estudo estima que o PIB gerado por tonelada de soja produzida e processada representará 4,4 vezes o valor gerado pela soja produzida e exportada diretamente.

O desempenho da cadeia produtiva acompanha a elevação da mistura obrigatória de biodiesel, que passou a incluir B14 e B15 em 2024. No segmento dentro da porteira, o crescimento previsto é de 24,11%, enquanto na agroindústria o aumento será de 3,21%.

MÃO DE OBRA

No 1º trimestre de 2025, o setor empregou 2,44 milhões de trabalhadores, um aumento de 7,46% em comparação ao mesmo período de 2024. A expansão elevou a participação do setor na economia brasileira para 2,38% e no agronegócio para 10,40%.

O segmento de insumos teve mais 5.971 trabalhadores, enquanto o setor primário adicionou 23.031 pessoas ao mercado.

Os agrosserviços apresentaram o maior aumento absoluto, com 142.548 novos postos.

A agroindústria, por outro lado, reduziu o quadro em 2.211 pessoas, influenciada pela queda no subsegmento de esmagamento e refino.

EXPORTAÇÃO

As exportações da cadeia totalizaram 27,91 milhões de toneladas no 1º trimestre de 2025, crescimento de 1,15% em relação ao mesmo período de 2024. O valor exportado, no entanto, recuou 11,46%, somando US$ 11 bilhões nos 3 primeiros meses de 2025.

As vendas para a China cresceram 6,7% no 1º trimestre em comparação ao mesmo período de 2024. De acordo com pesquisadores do estudo, o setor está diante de “um cenário favorável para o processamento de soja, com perspectiva de desempenho recorde”.

A pesquisa indica que a queda no valor exportado “se deve aos menores preços de exportação. o que reflete, sobretudo, a perspectiva de safra global recorde em 2024/25”.

Fonte: poder360